quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Dou troco mas não me troco

Chamaram-me um dia Henrique Diogo de Sousa Brazão Albuquerque Barroso. Mas ninguém de perfeito juízo mo diz a alguém. As pessoas tratam-me por Henrique, excepto a minha mãe que me chama Menrique fundindo-me nomeadamente ao meu irmão Miguel. A Mima, minha mãdrinha de afinidade condicionada por anos de rissóis e "hamburgas... estornicadas" chama-me D. Henrique de Bragança. E uma professora que me chamava deslumbrandomente-me Diogo. Pelo meio o Cazé editou-me e um Quiqué começou a ecoar por aí. Nos entretatos houve quem me chamasse outros nomes e também quem não me lembre em nenhum. Pouco me importa desde que não me memorizem por malfama. E agora na hora de desejar chamar-me nomes resumo a minha nobreza num Henrique de Brazão Barroso, também porque sim. Henrique por princípio, Brazão por recheio e Barroso pelo respeito à razão de uma vida inteira. E separo-os por um de feito em família, para manter distâncias aos RR's que se atravessam no caminho, aproximando-me da poética possível. Não mo digo apenas pelo lado cagão de que todos sofremos em doses variáveis expressas de modos inconstantes. Nem para parecer bem, apesar de me parecer melhor. Vendo bem não é menos caro, apesar de ser um desconto de quase 50%. O meu nome é assim, dom com que convivo democraticamente, elegido por nomes com quem me revejo por nobreza de votos. Por isso chamem-me o que me quiserem... Que eu prefiro assim.

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