domingo, 27 de setembro de 2009

Fim da Democracia Reinante

Tudo de novo é o povo. Vira à esquerda vira à direita segue em frente. Vira à direita vira à esquerda segue em frente.

Eu sou de esquerda, mas sigo pelo meio de um caminho pouco sinuoso ainda que torturoso já que não tenho total acordo ou esclarecimento sobre muitas das políticas associadas. E da mesma forma que cultivo atitudes menos conservadoras acabo por ver-me à esmola da CAP, um chapéu muito popular. É trabalho dizem e trabalho me dá. E dinheiro que compensa a restrição de economia moral.

Sim sou da idade das convicções reversíveis, do tempo do povo consciente que vira agora as costas à Manuela tal como do meu colega estudante inconsciente que lhe resolveu mostrar o traseiro, fazendo com isso com que uma geração ficasse mal apelidada. Sim, sou de um tempo em que me baralho entre Marselhesas ou Carvalhesas, tal como das pessoas que oscilam entre Portas que abrissem para o mesmo lado. Sou do tempo em que uma política mais que uma convicção é uma imagem que se substitui por outra mais apelativa. Mas as pessoas estão menos cegas daquilo que sempre viram. É um tempo onde cada vez mais informação é cada vez menos conhecimento desprezível.

Porém sou demasiado verde para poder emitir uma opinião respeitada e pouco ecológico ao ponto de ter total noção do impacto de tal posição. Contudo estou demasiado desgastado para me abstrair da necessidade de afirmar uma posição de verdade sobre o poder. E essa expressei com o meu voto. Que ajudou a fortalecer uma esquerda mais apta a enfrentar a direita.

A vitória de Sócrates foi uma vitória pessoal, mas com vozes de consciência muito fortalecidas. Ainda que a voz de Sócrates afirmasse em tempos apenas um até à Cicuta, agora acabou-se o reino democrático que é tempo de alianças pela democracia. Toca a procurar sintonias antes de sonhar com novas cantorias.

Como haverá encontros para novas alianças que aproveitam o embalo para fazer algo de profundo na justiça, que emperra de base a credibilidade dos operantes, que não garante a actuação credível que a segurança carece. Da segurança social que é uma fórmula indomável. Da economia que seja estimulada e não simplesmente bancada para que se possa ousar referir a igualdade social que só existe face à consciência perante um voto. Que se faça também algo de saudável com as reformas propostas para a educação, para que se acabem com ignorantes operacionais como muitos de nós vamos sendo ou como muito nós que não sabemos do que mais falar. Por mim que haja verdade, a mais profunda e unificadora das artes, e se maturem pelo menos outros modelos para ultrapassar os recibos verdes. Pelo menos que os expliquem verdadeiramente que não há quem os entenda mesmo quem ganhe com eles. Já agora que a convergência que virá se permita também a afirmar projectos de reformas num estilo menos vaidoso, porque há muito quem o deseje.

Como o desejo verdadeiro é o mais inflexível dos vértices humanos, votos de melhoras da verdade por todos com melhorias democráticas sob a forma de sociedades nem atenienses nem gregas, mas feitas para cidadões no mundo. Que a liberdade irá passar por aqui.

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