segunda-feira, 15 de março de 2010

Vagoando sobre maçãs descalças

Hoje só.
Prisioneiro de peito aberto em que me partilho
Desprendo-me uma a uma dessas amarras que me asfixiam
sem intenção de querer voltar atrás
acendo velas pelo oceano fora
nessa necessidade de ver e desejar-me
assim me entrego, bravo alvo calvo
de encontro a mãos próprias
"não venhas a mim mulher sem homem",
(desafiante ao espelho me afirmo!)
contorcente em curvas suspirantes
no embalo de um olhar que de mim viajou
sentindo a eternidade...

liberto de mim.
é desta colheita
de fluidos pedaços
onde enfim por um instante repousa
o desejo seguinte
afirmação profunda em que mergulhemos os dois...
agora como que choro
apagam-se as estrelas
uma a uma
abraçando-me calma e serena
hoje a noite é escura.

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