terça-feira, 9 de março de 2010

Há-de ir...

Num desembrulhar de existência só, o passado revisita-se breve mas prossegue-nos continuamente, e isso nós nunca atingimos verdadeiramente, projectando-nos numa sala que desabitamos ao fim de um sem par de menos horas. O filme, o que fui ver, (em que para variar a companhia atrasada não era eu, ainda que também isso eu fosse, sim falo de horas e não de atrasos e de complexos de Homem sério, título do filme dos Coen onde um personagem consumindo-se se entrega à combinação de acasos de acontecimentos, demitindo-se de uma qualquer afirmação, anti-herói perseguido pela autocombustão que se condena pelas evitabilidades da vida e inevitabilidades da tora. Ausente na sala ao lado, ela uma paixão de todo presente, entregou-se à fantasia da Alice com o seu coelho ou espécie de companhia. De qualquer forma foi isto esta noite de cinema em que nos abandonámos sem dizer um olá menos ainda um olhar que nos desse um vislumbre de despedida. Se a condeno? Arranquem-me a cabeça se o fizer primeiro, ainda que o faça mesmo que depois!! Agora que penso nisso sinto que à sua passagem, à saída da sala, talvez me aprestasse para cobrar bilhete para o filme da nossa realidade. Que desejo projectado na companhia de diferentes sentimentos ainda que em idênticas companhias.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Seguidores

Contribuidores