sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Dante, um Hipocorístico Durante Medievil

Os Infernos íntimos cada vez mais diversos, que hoje rotulamos com todo o tipo de nomes cada vez mais específicos, recebem respostas cada vez menos eficazes para tanta complexidade encontrada. Porém o inferno de pecadores encerrados em masmorras estigmatizados pela eternidade fora, deu lugar a uma visão construtiva permitindo a pessoas flageladas pelos seus traumas recolher e remoldar os seus pedaços destroçados. A fé dominada pelo medo da reza, deu lugar a uma positiva visão construtiva, ainda que a ciência não ocupe o lugar da religião, mas partilhem uma mesma esperança de consciência positiva.

O Inferno já não é um lugar gentílico ou patronímico, como Dante's o descreviam, mas um transversal e transponível "durante" hipocorístico. Digo com isto que o local de nascimento e a família definem o contexto com que crescemos, ainda que não limitem o alcance dos afirmações que desenvolvemos ao longo da nossa vida. Porque a superação é a verdade que determina a metáfora mais profunda, e a projecta além do seu contexto. O potencial de quem superou o inferno é assim incontornável, pela visão de deserto que o atravessa e pela cartografia de óasis que traz muito além de si. Porque a paixão emergente do seu inferno cartesiano é como cada um de nós, insubstituível.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Seguidores

Contribuidores