quinta-feira, 23 de abril de 2009

Diz-me uma mulher de trejeitos estranhos à porta do CCBairro:

"Eu não sou racista...blá blá... só não gosto dos brasileiros e dos pretos... blá blá Ciganos então!... Eu sou amiga dos motards e dos skins e a revolta está-se a caminho!..." E foi isto ao longo de quase uma horita. Este é um sentimento que se multiplica ao ritmo das primeiras da TVidiota, mas não há que nem como negar que a emigração ilegal é dominada por redes de lenocínio, trabalho ilegal e que o crime cresce ao ritmo a que o jornal aumenta a tiragem. Nem que Portugal é um país de emigrantes e à venda a redes de hotéis de luxo. O que se esquecem é que o progresso se baseia na mão-de-obra escrava que os construam e que faça os servicinhos aos locais, que preferem dedicar-se ao subsídio de substência a que já nem têm direito, mas "já que os outros roubam eu não hei-de fazer o mesmo?!... Hoje estava a pedir uma casa e um brasileiro passou-me à frente e teve direito a casa e eu nada. Há para os outros e para os nossos nada". Trabalho, formação e boa educação é que dispensamos, que há é que fazer barulho e contribuir para o share. Partilhar a evolução é que não. E é esta a nossa modern(a c)idade de maus exemplos e de vizinhanças indesejadas.

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